20.4.10
« E continuo a querer escrever estes textos estúpidos que para além de não leres fazem-me muito mal.
Escondo-me atrás deste olhar o céu, para não ser descoberta e para que não falem dos meus sentimentos como se fossem mais faceis e lineares do que os outros.
Sou apenas um cromo repetido nessas cartas que acumulas e agora a fraqueza é toda minha, sou eu que (idiota) continuo a sentir o silêncio.
Que raio de amor é este que eu sinto? Quem aguenta todas as batalhas, não desiste e tenta sempre ganhar o impossivel e invisível? Quem tenta e volta a tentar, sem desistir de tentar salvar alguém que não quer ser salvo?
Já nem tento justificar-me perante ti, é tudo em vão.. Todas as palavras e gestos são insuficientes porque são meus, acabas por levar o pior de mim e eu o pior de ti.
Mas só de pensar que me podia voltar a apaixonar no verdadeiro sentido da palavra por outra pessoa, dá-me arrepios. Não sei, acho que estou incapacitada de me mostrar a outro alguém por inteiro.
Não me consigo imaginar despida por dentro e por fora e confiar tanto em alguém... Todos os sonhos que vou construir com esse suposto rapaz já os idealizei contigo e as memorias fazem sempre parte.
Contigo eu conseguia jogar limpo... Sem vergonha podia dizer-te tudo e fazer tudo. Não há nada em mim que não tenhas conhecido e eu cresci aos teus olhos.
É absurdo e infantil eu sei.. Mas três anos é muito tempo, e de quinze para dezoito mudamos muito e fazemos coisas que nunca pensámos. Mudamos o nosso corpo e a nossa maneira de pensar mas o nosso coração fica e os sentimentos demoram a alterar.
Tu que me espevitavas o sentido de humor, os teus ombros onde tantas vezes cairam lágrimas minhas... Quando me ensinaste que nos prenderíamos para sempre estavas a brincar?
Com uma lágrima ao canto do olho digo, sem saberes, que preferia quando não tinhas esse arrepio no cabelo e te sentavas no antigo bar da escola á minha espera... Fascinava-me a forma como não querias saber do que as pessoas podiam pensar e seguias o instinto. Respirava o que sabias e contava as cores dos teus olhos todos os dias. Queria ser perfeita quando só de olhar para ti sabia exactamente o que estavas a pensar.
A minha melhor amiga achava que eras exactamente o que eu precisava...
Agora, a minha melhor amiga detesta que eu pense em ti... E eu já não sei se penso em ti ou se no homem com cara de miúdo que costumava conhecer. »
Escrito com amor,
alexandrapinto
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
está muito bonito :)
ResponderEliminarmetes coisas tão lindas *.*
ResponderEliminarde nada :')
obrigada pela força,foi um amigo que teve um acidente :S
ResponderEliminarlindo mesmo :D
ResponderEliminarestá lindo *.*
ResponderEliminar"mudamos o nosso corpo e a nossa maneira de pensar mas o nosso coração fica e os sentimentos demoram a alterar" esta frase tocou-me muito!
bonito :)
ResponderEliminarEsta lindo Alexandra :)
ResponderEliminarque texto. não tem as palavras poeticamente expressivas, mas tem uma linguagem verdadeira. apreecio a tua capacidade de seleccionar estes textos e os transportares para aqui. faz de ti uma menina sensível e tocável, com um coração a fazer "pum pum". nos dias de hoje há tão pouca gente com um coração a bater, muitos têm pedras outros corações de plástico, enfim. obrigado por estes textos que fazem pensar, e lembrar. e quem sabe, nunca esquecer. ;)
ResponderEliminarsabes que te adoro GM <3
adorei, adorei o post (:
ResponderEliminarhoje é que foi uma tarde linda *.*
ResponderEliminar