Queres abrir de novo a minha felicidade e saboreá-la comigo ao sabor do vento?

« Estava a guardar umas folhas que viviam amontoadas na minha secretária já há bastante tempo. E como eu gosto de saber o que tenho, folheei-as uma por uma no intuíto de encontrar alguma coisa que me fizesse relembrar o que em tempos se estava a passar comigo. Sobressaiu-me uma folha meia enrrugada e eu peguei nela com toda a curiosidade do meu coração e li-a. Reli. Voltei a reler. E chorei. Estava lá desenhado aquela batalha em que tu me tinhas afundado. E pensando bem ... Desde esse ataque eu vivi debaixo da água, quase sem respirar o teu amor, sem te ver e sem te dizer tudo o que sinto. A transparência da água, para mim, é negra. Tu assim a pintaste, só para mim. Para me conservar como um fóssil e gostares de mim à tua maneira. Uma maneira distante, mas que me faz rodopiar de alegria (por vezes). A chave que tenho pendurada ao meu peito, só a ti deixo tocar. Queres abrir de novo a minha felicidade e saboreá-la comigo ao sabor do vento? »